A pedido
do Ministério Público do Maranhão, o Poder Judiciário determinou a busca e
apreensão nas residências do ex-prefeito de Pio XII, Paulo Roberto Sousa
Veloso, e do ex-secretário de Finanças, Melquizedeque Fontenele Nascimento. Os
mandados foram cumpridos na manhã desta quinta-feira, 16, resultando na
apreensão de documentos, computadores, uma arma e três munições, pendrives e hd
externos.
Além do promotor de justiça Francisco Thiago Rabelo, titular da comarca de Pio
XII, a operação teve a participação da promotora de justiça de Olho d'Água das
Cunhãs, Gabriele Gadelha, e dos delegados da Polícia Civil Ederson Martins
(regional de Santa Inês), Alex Andrade Coelho (Santa Luzia), Diego Fernandes
Rocha (Pio XII) e Clarismar de Oliveira Filho (Santa Inês).
INVESTIGAÇÃO
Ao instaurar Procedimento Administrativo para acompanhar o final da gestão
passada, com o objetivo de preservar o patrimônio público e a transição
municipal, o MPMA descobriu várias transferências bancárias de valores acima de
R$ 50 mil para empresas investigadas pela Promotoria de Justiça em semanas
anteriores às eleições de 2016.
Diante dessas informações, repassadas pelo Banco do Brasil, o promotor de
justiça Francisco Thiago Rabelo requisitou ao então prefeito, Paulo Roberto
Veloso, que esclarecesse a motivação das transferências, apresentando contratos
e licitações. Também foram solicitados os processos de pagamento de agosto até
31 de dezembro do ano passado. Nenhuma requisição do MP foi respondida pelo
Executivo municipal.
O prefeito eleito comunicou ao MP, em 7 de dezembro, que tentou realizar a
transição municipal mas não obteve acesso aos documentos. Em seguida, a
Promotoria de Justiça ajuizou notificação judicial a fim de obrigar Paulo
Roberto Veloso a cumprir o processo de transição, mas a notificação nem chegou
a ser apreciada pelo Poder Judiciário.
Em fevereiro deste ano, a Promotoria de Justiça requisitou ao atual gestor
informações acerca da transição municipal e foi informada que não recebeu
quaisquer documentos, a exemplo de licitações, contratos, processos
administrativos, folhas de pagamento etc. Os computadores foram deixados
formatados ou faltando peças.
“Tais medidas por parte do gestor passado prejudicam
tanto a atual administração que não tem como efetuar controle dos contratos
administrativos em andamento, assim como do funcionamento da máquina municipal,
além de prejudicar as investigações do Ministério Público”, afirmou Francisco
Thiago Rabelo.
Redação: CCOM-MPMA
Nenhum comentário:
Postar um comentário